ANAIS :: ENAMA 2014
Resumo: 159-1


Poster (Painel)
159-1SACOLAS PLÁSTICAS OU DE PAPEL? REFLETINDO SOBRE O IMPACTO DE AMBAS QUANTO AS EMISSÕES DE DIÓXIDO DE CARBONO
Autores:Cabral Neto, J. P. (UFPE - Universidade Federal de PernambucoUFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Rodrigues da Silva, V. C. (UEPB - Universidade Estadual da ParaibaUFCG - Universidade Federal de Campina Grande) ; Pinto Cabral, D. (UDABOL - Universidad de Aquino Bolivia)

Resumo

O aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos fatores responsáveis pelas mudanças climáticas, considerado o principal problema ambiental da atualidade, advém primordialmente da ação humana. O efeito estufa, maior dano causado pelo excesso de gás carbônico no planeta, provém da retenção de calor nas camadas mais baixas da atmosfera. Partindo-se desse princípio, para enfrentar tal dano, admite-se a necessidade de mudanças no cotidiano humano. Estas devem atingir diversos aspectos do dia-a-dia, dos mais simples aos mais complexos, incluindo até a escolha de utilização de sacolas plásticas ou de papel. Nesta perspectiva, este trabalho se propõe a, por meio de pesquisas bibliográficas que abordam a contabilização de carbono e análise de emissão de CO2 no processo de decomposição das sacolas, refletir sobre a utilização delas, definindo qual é a mais impactante ao meio ambiente. Os resultados da pesquisa apontam a existência do equívoco comum de pensar que os sacos de papel devem ter menos carbono do que os sacos plásticos. Uma indústria de papel é altamente intensiva em energia. Papel puro impresso produz entre 2,5 e 3 Kg de CO2, por quilo de papel fabricado. Isso é comparável às emissões que requerem a produção de 1 Kg de sacos plásticos de propileno. Além disso, sacos de papel são mais pesados, de maneira que, para 1 Kg de matéria-prima, se tem uma maior quantidade de sacos plásticos do que de papel. Logo, o saco de papel acaba tendo uma maior quantidade de carbono. A fabricação de papel reciclado gera, aproximadamente, metade da energia empregada para a produção do papel puro. Mas até mesmo um saco de papel reciclado produz emissões de gases de efeito estufa ligeiramente superiores aos emitidos por uma sacola plástica comum. Há ainda a questão da eliminação final. A menos que o saco de papel seja reciclado, é provável que ele acabe em aterros, onde irá apodrecer, emitindo mais CO2 e metano. Os aterros variam em sua capacidade quanto às emissões de metano, mas, tipicamente, haverá cerca de 500g de gases estufa por quilo de papel enterrado. Desta maneira, pode-se concluir que nem sempre a utilização de sacos de papel é a solução mais acertada, dependendo do nível de reutilização do mesmo, bem como da maneira como é feito o seu descarte final. Assim sendo, é recomendável a publicação dessa informação, de modo a incidir em processo de conscientização e mudança de atitude em relação à utilização de sacolas.


Palavras-chave:  CO2, Conscientização, Efeito Estufa, Mudanças, Sacolas